sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Ser ou não ser hannemaniano? Homeopatia.

Horrorizado com a falácia que era a medicina oficial da época, Hannehman daquela se afasta e passa a dedicar-se a outras coisas, como registra a história.

Vai na realidade, desenvolver uma nova medicina, comprometida com a idéia sedutora de uma cura rápida, suave e duradoura.

Resgata e aperfeiçoa, da antiguidade, a idéia fundamental de que os sintomas produzidos pelo remédio, testado nas experimentações em homens sãos e comprovado ao lado do leito dos enfermos, devem espelhar ao máximo possível, os sintomas apresentados pelo doente.

Erige a experimentação em homens sãos em pedra angular do desenvolvimento de sua matéria médica pura.

Enfrentando o tremendo desafio das enfermidades crônicas, antecipa, em alguns aspectos com mais pertinência, a moderna genética e o DNA.

É um espírito desperto, uma inteligência viva, um pesquisador e um trabalhador incansável, muito criativo na vida e na medicina homeopática.

Legou-nos a todos, os que somos gratos ou não, a segurança da matéria médica, a compreensão inestimável dos miasmas e esta extraordinária lei da semelhança, que nos guia todo o tempo, extraída por ele da história e da natureza.

Muitos outros gigantes vieram, depois e contemporaneamente também, famosos e anônimos e, com seus equívocos e acertos, nos deixaram de herança os repertórios, os casos clínicos, muitos remédios mais e os bons programas de computador.

Todos trabalharam duro, como nós também trabalhamos, para que a homeopatia possa servir mais e mais à causa da saúde e da felicidade humana, em paz sobre a Terra.

Não consigo citar todos os famosos, tantos que são, tampouco nossos heróicos e anônimos homeopatas de consultório, que dedicaram e dedicam suas vidas a esta causa tão bela.

José Alberto Moreno, também ele, é um exemplo do caráter cooperado e multitudinário da construção da moderna homeopatia. Em sua fabulosa matéria médica encontramos informações absolutamente originais e extraordinariamente pertinentes. 

Nossa querida professora Eliete nos informa que o grande Kent sofreu em seus últimos anos de vida, por ter tomado Lachesis demais... Já ouvi comentários fundados, sobre algumas "mancadinhas" do grande mestre Samuel Hannehman, também.

Como construir um tão fabuloso patrimônio em benefício da humanidade, sem cometer algumas poucas inexatidões?

Errare humanum est... Não é assim que se escreve?

Já Jan Scholten terá cometido algumas e provavelmente ainda cometerá outras, mas, dispondo da tabela dos elementos, de que Samuel Hanehman não podia dispor, em seu tempo, percebeu que relacionando o conteúdo da tabela com o conteúdo das matérias médicas mais consolidadas, ficava flagrante que milhares de remédios ainda estavam por ser descobertos, testados e aplicados.

Jan Scholten trabalhou anos na perspectiva da identificação destes remédios, a partir das composições elementares possíveis, e fez mais, relacionou este acervo fabuloso de informação e conhecimento com os arquétipos da obra de Carl Jung, chegando a surpreendentes Key Notes para seus novos e abundantes medicamentos.

Colocando os famosos "provings" como uma etapa do processo de identificação de medicamentos e de expansão da matéria médica e não mais como o único caminho para se chegar a novas drogas, Jan deixou de ser Hanehmanniano?

Kent, que tanto foi buscar em Hering, deixou de sê-lo por trabalhar com potências elevadas? Os indianos que também o fazem não o são? Os que proclamam não sê-lo, não o são, de verdade?

Somos todos herdeiros, agradecidos ou não, deste gigante da ciência e da felicidade humana, que foi Samuel Hannehman!



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