Leila Cristina dos Santos Mourao
•
Introdução: A fisiopatologia do alcoolismo estaria relacionada a processos irritativos
consequentes a endovasculite inflamatória, que teriam a propriedade de evoluir para
esclerose ou ulceração comprometendo as fibras elásticas do periodonto. Objetivo: O
presente trabalho buscou determinar as origens metabólicas, genéticas e adquiridas do
alcoolismo e suas manifestações patológicas na cavidade oral e uma proposta
homeopática. Materiais e Métodos: Consideração da teoria clássica ponto de vista
observacional; Estudo da fisiologia e fisiopatologia; A correlação do alcoolismo e
transtornos bucais; Proposta terapêutica homeopática. Resultados e Discussão: O
metabolismo do alcoolista é precário, não fornecendo ao indivíduo as calorias
necessárias. O álcool é uma ótima fonte fugaz de energia, o que obriga a sua constante
ingestão. A origem dos processos lesionais resultam em deficiência das funções
hepáticas, na capacidade de armazenamento de glicogênio e ferritina, além das funções
desintoxicantes. Observações relacionadas aos alcoolistas que prejudicam o tratamento
odontológico: ansiedade, irritabilidade, autoestima baixa com precariedade da
higienização. Lesão do parênquima hepático observado na cavidade oral: perda óssea
acentuada; desmineralização; hipertrofia gengival; bolsas periodontais localizadas com
destruição óssea (hiperuricemia), dores temporomandibulares devido a lesão da túnica
elástica e comprometimento da sinovial. As alterações do SRE pela deficiência do
metabolismo intermediário de assimilação resultam em fibrose e endurecimento ou
necrose, com aparecimento de artrose da ATM. Proposta de tratamento homeopático:
1. Medidas higienodietéticas; 2. Observação do terreno homeopático que consiste em:
constituição, diátese e temperamento; 3. Equalização e restabelecimento da função do
órgão (fígado/rim/túnica vascular); 4. Drenagem para restabelecer o sistema
metabólico hepato-renal; 5. Remédio de fundo. Conclusão: A homeopatia visa
restabelecer o equilíbrio fisiopatológico e psíquico do indivíduo e não somente a
enfermidade apresentada que é a resultante de um desequilíbrio do sistema complexo
que é o corpo humano.
•
Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.